Nada como ser mãe
domingo, 8 de abril de 2012
quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012
Blogagem Coletiva: como pari meu blog
Não é novidade para ninguém, não sou muito assídua. Tô devendo postagem dos 11 meses e do primeiro aniversário do Diogo. Devo ter uns 3 ou 4 posts começados e não terminados (uso o Writer e fica tudo salvo no computador para uma inspiração futura).
Mas minha vida nos blogs começou na primeira febre da coisa toda.
Em meados de 1999 (oi?), comecei um blog com pseudônimo para ser usado meio como diário. Eu tinha 15 anos, ok? Queria poder desabafar meus problemas (what???), meus dramas adolescentes e mimimi.
Daí comecei a receber visitas, comentários, comecei a visitar e comentar, e fiz amizades – amizades essas que (algumas) permanecem até hoje.
Surgiram os fotologs, e eu migrei pra bagaça, porque achava mais fácil falar com uma imagem ilustrando, afinal uma imagem fala mais…
Veio a faculdade, e com ela a obrigação de resgatar a vida bloguística. Excluí meu antigo blog (burra bagarai), e comecei a escrever sobre as pautas criadas pelos professores de online – valeu Darrell, valeu Sobrino, mas na boa? Era chato pra cacete caramba!
Até aí, meu interesse por blogs era restrito… lia alguma coisa aqui, outra ali. Mas internet era mesmo em portais de notícia, Orkut (apagaaaaa), MSN e só. Não tinha muita função na minha vida, além de informação e pesquisa.
Casei, e enquanto decorava minha casa descobri blogs que falavam dessa brincadeira que é cuidar da casa da gente. Cogitei filhos… e aí descobri esse universo paralelo que é a blogosfera materna. Cacilda, gente, como vocês conseguem?
Antes de engravidar, já tinha opinião formada sobre Parto Normal (isso eu sempre tive), amamentação, já conhecia algumas doenças infantis, já tinha decidido que vacinaria meu filho e blá blá blá.
Quando engravidei, escrevia no meu blog pessoal, sobre coisas do dia a dia mesmo… era sobre mim, não sobre maternidade, ou meu desejo de ser mãe, nem sobre minha casa… era sobre tudo.
Comentei lá sobre a gravidez, postei fotos da barriga, das ultrassonografias… e com o Diogo, pari também esse bloguito que, muito timidamente, toma pouco do meu tempo.
Me dedico mais ao meu filho e minha casa (e marido, e cachorra, e ao artesanato…) que ao blog. Mas pelo facebook e pelo twitter conheci novas blogueiras: algumas começaram me seguindo, e por consequência começamos a conversar e hoje somos grandes amigas; outras, eu comecei a seguir, comentar no blog, começamos a conversar e viramos amigas; outras, nem sigo, nem me seguem, nem bem conheço seus blogs… mas mesmo assim, temos contato no facebook, e por lá somos amigas.
Já conheci várias blogueiras pessoalmente, carrego algumas no meu coração, oro por elas diariamente. Outras eu sei que vai ser difícil eu conhecer, mas continuamos sendo parceiras nessa grande empreitada que é criar bons filhos para um bom mundo.
Meu intuito por aqui era trocar experiências, ouvir e ser ouvida, ajudar e ser ajudada.
Acho que, no fim das contas, o blog cumpre seu papel: já ajudei algumas amigas com suas dúvidas, já ganhei pitacos e opiniões, algumas guardei, outras descartei.
Mas o bom mesmo disso tudo é ver que, mesmo que não comentem por aqui, as pessoas leem o blog e quem pretende ter um bebê algum dia, acaba ficando com mais vontade ainda…
Preciso ser mais dedicada e levar o blog mais a sério, mas vou contar um segredo: minhas ideias de postagens aparecem prontas e digitadas na minha mente nas horas mais impróprias – tomando banho, dando banho, amamentando, fazendo comida… pooooooo, cérebro! Pooooo, Bill Gates, dá pra criar um aplicativo que leia nossa mente?
Então é isso… o blog nasceu mesmo na esperança de que, com as rotinas da maternidade, eu conseguisse incluí-lo na listinha de horários e separar para ele um tempo do meu dia para postagens… mas não consegui, assim como aqui em casa não existe muita rotina além de horário de comida, banho e dormir.
Sendo assim, não consigo mesmo espremer meu dia para colocar aqui. Mas tento ao máximo registrar novidades sobre meu pequeno para guardar e um dia ele poder ver – se quiser. Se não quiser, eu sento e choro lendo tudo que escrevi em vão. hahahaha
Espero continuar ajudando e sendo ajudada, e quem sabe um dia vir a me tornar mais frequente nessa arte que é blogar com as mães do mundo todo.
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Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva: O Relato de Parto do Meu Blog, proposto pelo Mamatraca.
domingo, 22 de janeiro de 2012
Contagem regressiva: 7 dias
material de trabalho
Sábado que vem Diogo faz 1 ano. Ou seremos nós que faremos? 1 ano de alegrias, tensões, cansaço, emoções, conhecimentos, aprendizados, novidades, risos, choros, chutes na cara durante a madrugada (Diogo tá nessa fase quando a cama é compartilhada).
E no meio dessa contagem regressiva entrou a festa de aniversário.
A princípio não seria grande coisa. Era para ser uma festinha em casa mesmo, só pra família. Mas aí a mamãe resolveu botar no papel a lista de possíveis convidados, e o “bolinho pra cantar parabéns” virou “festa no clube com animação e brinquedos”. Poizé!
Então cá estou eu, entre um pacote de pirulitos para embalar e um telefonema para acertar os brinquedos, digitanto essas longas linhas de desabafo…
Inventei moda, agora eu que aguente.
Tô fazendo quase tudo sozinha. Uma ajuda aqui, outra ali, minha prima e uma amiga vieram semana retrasada ajudar a montar cataventos, semana passada minha mãe e minha prima. E hoje estou só. Abandonada à minha sorte.
Não sei se essa semana terei muita ajuda, mas pra minha sorte tenho uma vizinha muito da querida que se dispôs a aguentar os xiliques do Diogo numa tarde para eu poder trabalhar cadim mais.
No meio de tanto ataranto, ainda (graças ao bom Deus) peguei umas encomendas, e preciso botar a mão na máquina de costura. E aí eu me pergunto: Dona Raquelzinha, o que a senhorinha faz da meia noite às seis?
Cof cof… Eu tentava dormir. Agora, com 2 dentes nascendo ao mesmo tempo, nem isso eu faço mais.
De qualquer forma, a sarna foi procurada por minha pessoa, eu que me coce.
Marido virou pra mim ontem: você ligou pra moça da decoração?
Alôoooouuuuu, que parte de “eu mesma vou fazer a decoração” você não entendeu?
Bom… arte das lembrancinhas feita, parte da arte do painel também. Ideias todas sendo postas em prática, um checklist enorme de coisas que precisam ser feitas próximo ao dia da festa… Seja o que Deus quiser!
Só peço a vocês que torçam por mim!
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Aprendendo gentilezas
Filho, a tampa da lente não é brinquedo tá?
Diogo tá com 11 meses e 12 dias. Ontem recebemos amigos aqui em casa e ele ficou todo bobo sendo o centro das atenções.
Mas foi também no meio dessa bagunça toda que pudemos reparar melhor no bom trabalho que estamos fazendo estimulando a gentileza.
Uns dias atrás, marido veio todo empolgado dizendo que o pequeno tinha lhe oferecido a chupeta. O mesmo aconteceu na casa da minha mãe. Ele ofereceu a chupeta pro avô e pra avó.
Comigo, eu “aceito”. Pego a chupeta com a boca, pelo disco, e devolvo falando obrigada.
Ontem comentei durante o café da manhã com o marido que, sempre que ele desse comida ou fruta em pedaços pro Diogo, era para pedir um pedacinho, mesmo que não tivesse vontade de comer. E daí comecei a picar cerejas (ele ama) e dar para ele comer. Coloquei os pedaços sobre a bandeja do cadeirão e ele foi comendo sozinho. No meio da empolgação dele, pedi um pedaço e abri a boca. Ele esticou a mãozinha e me deu uma metade. Daí o papai ficou orgulhoso e quis também. Pedi ao Diogo que desse um pedacinho ao “babá” e ele deu.
De tarde, quando o pessoal estava aqui, pegamos um pote com biscoitinhos de polvilho – que ele adora – e deixamos que ele se servisse à vontade. Ele vinha, pegava um, levava para alguém. Uma hora, uma das pessoas não aceitou, e ele ficou com uma carinha meio de decepção. Mas quando veio para o meu colo, reparei qual tinha sido a fórmula para o sucesso: eu sempre dou os pedaços menores direto na boquinha dele. Ele, por sua vez, deve achar uma delícia esse carinho e deve querer retribuir fazendo o mesmo – ou talvez seja apenas uma repetição de atos, mas prefiro acreditar que ele sinta o amor que temos em alimentá-lo.
Fato é: Diogo está aprendendo a dividir, e isso me deixa bem feliz, já que não pretendo ter um filho só, nem um filho egoísta.
Dentro disso tudo, estamos estimulando o “dá” e “tó”.
Quando ele pega algo no chão com que ele não deve brincar, peço que me dê. “Dá pra mamãe, filho”. E ele entrega. E quando eu faço isso, geralmente subtituo por algo legal e que ele possa brincar sem eu me preocupar. E digo: “tó, amor”. Ele sorri um sorrisinho apertado, de olhos miúdos que transmitem muito carinho.
E essa troca de carinho tá ficando maravilhosa.
São as vantagens do bebê crescer.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2011
Feliz Ano Novo, 11 meses ‘y otras cositas más’
Antes de mais nada, quero me comprometer comigo mesma a ser mais dedicada com o blog em 2012. Por mim, pelo Diogo e pelas nossas memórias.
O tempo passou rápido. Mais rápido que o habitual.
Será a correria aumentando com um bebê que quase anda, e apronta o dia todo? Será o fato de eu querer que ele fique bebê para sempre e esteja vendo que ele não vai ficar?
É um conflito interno diário. Querer que cresça, que fale tudo, que ande, corra, pedale. Querer que volte a ser nenezinho, daqueles que não rolam na cama, que não choram à toa, que ficam no carrinho, deitadinhos, quietinhos…
Mas o tempo passa… e esse ano foi um ano MUITO bom.
Janeiro – aquela barriga enorme me impedia de virar na cama, de andar muito tempo, de respirar fundo… aí Diogo nasceu, e aí meus peitos me impediam de virar na cama, e o bebê pequeno me impedia de sair pra rua… rs
Fevereiro – Começaram as cólicas dele, acabaram as minhas, mas éramos a família mais feliz do mundo.
Março – 2 meses de filho, meu aniversário, fim do resguardo… e as cólicas permaneciam.
Abril – primeiro resfriado (que tortura), primeira páscoa, não tinha mais cólica, tinha um bebê feliz, simpático, e interessado em tudo à sua volta.
Maio – aniversário do papai, horários definidos pelo bebê, rotina estabelecida por ele mesmo… 4 meses de maternidade e determinação: mesmo com a liberação da pediatra para dar sucos, me mantive na decisão de só dar meu leite até 6 meses.
Junho – primeiro frio. E que frio!!!
Julho – 6 meses de Diogo, começamos com suco de laranja e ele odiou!
Agosto – Nasceram os dentes e antes de 7 meses, ele já comia papinha. Amou a comida, odiou as frutas.
Setembro – começou a curtir algumas frutas, mas não quis saber de sucos. Adorou água de coco. Teve aquela gripe terrível, assou bumbum e tal… bebeu água, abriu a testa… ai, meu coração.
Outubro – emitia sons, mas não falava. Rastejava, mas não engatinhava. Ficava de pé apoiado na gente, mas não andava sozinho (e ainda não anda).
Novembro – nossa Lua de Mel em família. Diogo até que se comportou bem, mas foi muita sorte. Até nós nos cansamos das viagens que fizemos, não sei como ele aguentou. Começou a esboçar mamã e babá (papai), au au e ból (bola). Nasceram mais 2 dentes.
Dezembro – um ser engatinhante tomou conta da casa. Quase andante. Mamamamamam quando acorda, mámámá quando quer mamar, babababa pro papai, ouououou pros cachorros mundo afora, brrrrrr, blblblblblbl (mão na boca), auá pra água, pppppp pro papá. Dezembro foi um mês bem cheio. E tá sendo. Ele tá dormindo mal, tem mais dente chegando, e ele não tá ganhando peso, apesar de crescer e comer bem. A pediatra falou que é normal na idade, mas receitou complexo B para acelerar o ganho de peso. Se ele puxar ao pai, terei dois sacos de ossos em casa. 11 meses.
E aí que eu fiz esse resumão do ano do Diogo p/ dizer que sou muito feliz e só preciso mesmo é agradecer a Deus por tudo que Ele me deu.
E, na correria pro primeiro aniversário dele, me despeço de 2011 e de vocês desejando que a passagem do ano, seja na agenda, no calendário ou na praia, só faça renovar as esperanças de um ano, ainda que novo, repleto de surpresas boas!
Ano que vem estamos aqui de novo!
Beijos
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
Um mundo melhor – para mim e você!
Quando nos tornamos mães e pais, parece que as proporções das coisas são muito aumentadas. Pro bem e pro mal.
Quando alguém faz uma coisa boa ou bonita, dá vontade de bater palmas. Até ver uma pessoa jogando o lixo no cesto te dá vontade de ir lá, abraçar, dar parabéns. Inversão de papéis, né? Por que o certo não seria a gente repreender quem joga o lixo fora do cesto? Ai ai.
Mas daí que pra mim tudo começou na gravidez. Na verdade, eu sempre fui meio chata com o politicamente correto – e principalmente com o ecológicamente correto – mas a coisa piorou demais na gravidez. O futuro do planeta tava ali, dentro da minha barriga, e ai de quem não respeitasse!
Passei a frequentar filas preferenciais e reclamar em alto e bom tom, para quem pudesse escutar, que tinha gente ali que não tava grávida, não era velha nem deficiente e ficava tomando o lugar na fila. Tinha dias que a pessoa se tocava. Uma vez tinha 4 homens saudáveis e fortes na minha frente. Um me ouviu e mandou os outros me deixarem passar – OE!
Mas o ápice da minha ira se deu na travessia de uma avenida movimentada, saindo do trabalho, com barriga de 6 meses e um calor do cão! Uma motorista desavisada – prefiro acreditar nisso que constatar a falta de educação da filhadamãe – não sabia que, além de não poder fechar um cruzamento, não pode parar em cima de faixa de pedestre! E o pior, coitada da idiota: ela não sabia que, na ausência de semáforo, ela deveria PARAR ANTES da faixa para os pedestres (não um, não dois, mas uns 5) passarem. Pois é… ela infringiu TRÊS normas de trânsito de uma só vez. Queria uma cadernetinha da CET, naquela hora!
Eu não lembro exatamente o que reclamei, e ela resmungou de volta. Eu, na altura dos meus minissaltos e da razão respondi: e você tá certinha, né? Olha onde você parou, sua VACA!
Gente, que tipo de pessoa fala isso??? Hormônios! Só isso explica. E aí atravessei a avenida com as outras pessoas chamando a motorista de vaca pra baixo! hauhauahua
Mais adiante, saindo sei lá de onde, vi uma mulher de uns 40 anos jogando um papel (desses de propaganda de “compro e vendo ouro”) no chão. AO LADO DE UMA LIXEIRA. Vamos combinar que é muita falta de educação, se não excesso de preguiça, uma pessoa fazer uma coisa dessas? Abaixei, barriguda, e falei: mooooça, você deixou cair fora do cesto, ó! Mas to jogando aqui pra senhora. A mulher ficou ROXA de vergonha. Dane-se. E falei bem alto, pra todo mundo ouvir.
E daí eu moro num lugar onde o lixo é recolhido 3 vezes por semana, mas o reciclável (aquele que ocupa maior espaço na casa das pessoas) só é recolhido aos sábados. E na minha quadra o caminhão não passa, então você precisa levar na esquina, sabe? Aquele saco discreto de garrafas PET, latas de óleo e caixas de papelão sendo arrastado por 30, 40 metros. E o pior: as casas aqui são, na maioria, sobrepostas. Quem mora em baixo tem quintal, pode ter um cesto grande só para isso. Mas e quem mora nas casas de cima, faz como? Não faz, joga o lixo todo junto.
Ok que no “lixão” sempre tem alguém para fazer a separação, mas gente… será que era tão complicado assim a cooperativa colocar o caminhão pra circular mais um dia nos bairros?
Ok também que falta boa vontade das pessoas, né? Tem um vizinho aqui que tem DUAS garagens, e ele não separa o lixo dele nem assim, com esse tanto de espaço. E ele tem uma neta.
Aliás, a maior parte dos maus exemplos que eu vejo por aí parte dos pais. Outro dia, no shopping, me calei. Devia ter falado, mas ia tomar bronca do marido. A mulher arrancou (assim mesmo, brutalmente) da mão do filho de aproximadamente 3 anos um papel de chocolate. E jogou no chão. Tacou. Com força. Como se fosse para fazer barulho. Como quem joga um estalinho pra estourar.
Estou cá pensando as coisas que já faço, as que posso melhorar e as que eu deveria fazer, sei na teoria, mas não coloco em prática por falta de vergonha na cara.
Eu já separo o lixo, e ao contrário de esperar pelo dia da coleta, levamos a um cestão do supermercado, onde um catador retira e leva para a cooperativa. Assim, geramos mais um emprego indireto, ajudamos uma outra família.
Procuro não comprar mais do que consumo, e congelo a comida semipronta em pequenas porções para não cozinhar, por exemplo, feijão todos os dias – economizo, assim, água, luz e gás. (Sem contar o trabalho, né, gente)
Sempre que é possível, compro alimentos orgânicos. Assim garanto uma alimentação mais saudável para minha família e colaboro para a manutenção do solo e da água potável.
Procuro tomar banhos breves, com a água menos quente, desligar os eletrônicos como tv e som (assim como luzes e ventiladores) dos ambientes de onde saio, e quando vou ficar longe de casa, desligo filtros de linha que mantêm os equipamentos em stand by.
Preciso criar o hábito de comer mais alimentos saudáveis, e assim estimular o Diogo pelo exemplo.
Preciso tirar mais os eletrônicos das tomadas quando estiverem fora de uso.
Preciso ligar menos a TV e usar mais o computador como fonte de música, já que fica ligado quase o dia todo – mesmo quando estou longe dele.
Sei que poderia fazer trabalhos voluntários e doar um pouco do meu tempo para quem precisa – sejam pessoas ou animais – mas não estou conseguindo tempo pra ficar nem com a minha vida em dia, quanto mais cuidar dos outros.
Sei que preciso fazer exercícios, pois é assim que ensinamos hábitos saudáveis aos filhos, mas ai, que preguiça! hahahaha Academia longe, não dirijo, tenho que atravessar a rodovia (não dá para ir a pé, nem de bicicleta, porque os cruzamentos são perigosos demais) e ainda por cima só tem aula num horário que eu deveria levar o Diogo comigo. Logo: por enquanto (enquanto não termino autoescola) é impossível.
E você? O que faz, poderia fazer melhor ou deveria fazer por um mundo melhor para seu filho?
terça-feira, 6 de dezembro de 2011
Essa coisa chamada disciplina
Todos os dias eu penso em um post novo e adoraria ter um dispositivo eletrônico no meu cérebro. Um app que lêsse pensamentos e os traduzisse em formato txt (sô umirde) pra mais tarde, com tempo, eu poder copiar e colar direto no Writer e mandar pro blog. Mas né? Ninventaro ainda.
Preciso de disciplina. Pra mim e pro Diogo. Pra mim, que preciso me organizar mentalmente para me organizar fisicamente também. Meu tempo é curto. Daí você fala: ah, tá, seu tempo é curto? Você fica o dia todo tuitanto e fuçando o facebook. Ok, eu tuito mesmo (me segue? @Kel_Gomes) fuço mesmo o facebook mas vou te falar… é justo quando o Diogo tá acordado. Ele não me deixa outras opções. Ele tá naquela fase perigosa, sabe? Fica de pé apoiado nos móveis, vai mexer onde não deve (fios, tomadas, botões de aparelhos eletrônicos – e eu não vou tirar nada do alcance dele, mesmo porque não tenho onde colocar), e de vez em quando ainda desequilibra e cai – esses dias, engatinhando, foi de boca no chão. E boca + dentes + tombo = sangue.
Aí que entra a disciplina do Diogo… como ensinar um bebê de 10 meses que ele PRECISA ficar quieto, num cantinho de um cômodo, brincando APENAS com seus brinquedos, sem se colocar de pé sem auxílio da mamãe? E mais! Como explicar para ele que falar mãmãmã é jogo baixo, e que sempre que ele faz isso meu sistema límbico dispara e diz que ele precisa de mim… e aí eu largo tudo e saio correndo e ele só queria mesmo olhar pra mim e dar um sorriso. pff
Já tentei cercadinho. Resultado: ele se apoiou sobre uma bola com os pés, se segurando na borda. Quase tive um troço do coração. Logo, os brinquedos que ele mais gosta (mesinha de atividades, bolas, baldinho) não podem ficar dentro do cercado sob o risco de o bendito filho desta pobre mulher sair voando por cima da borda do cercado. E isso me expõe a outro risco: uma criança entediada em pouco mais de 10 minutos. O que me dá uma brecha pra correr no banheiro, ou beber um copo d’água. Nunca os dois ao mesmo tempo.
Neste exato momento estou cá escrevendo esse desabafo e ele está causando pela sala… e eu só de olho (um olho no leite, outro no gato) para ele não mexer no outro Buda do hack (o primeiro ele quebrou… ) nem puxar – pausa para tirar o chinelo da boca mão dele – o fio do notebook.
Pausa: vou ali ter uma conversa séria com o cara.
Despausa.
Estou trabalhando em casa, cês sabem? É… investi na carreira de artesã – ontem marido falou que vou ganhar 3 mil por mês até o meio do próximo ano e que ele vai parar de trabalhar e eu vou sustentar a casa com o meu suor (Oi?) – e precisava ter um tempo para ficar na minha mesinha humilde e costurar algumas coisinhas… (quer comprar? Corre! www.elo7.com.br/lesartisanales)
Mas daí eu não tenho como fazer NADA (nem cuidar da casa… sofro) com o Diogo na ativa. Rezo para que ele durma e tal… mas se ele dorme, mal dá tempo de comer um prato de comida e ele já acordou. Então eu opto: ou como, ou produzo.
No fim, o que acontece é que espero marido chegar para fazer a janta, jantar, e deixo o filho com o pai e vou pra máquina. Isso é vida?
E o pior: Diogo tá em pico de crescimento. Acho que já tá acabando, mas gente! Ele simplesmente não quer mais dormir. Essa noite eram 23h quando o pacote finalmente entrou em REM. Podem avisar pra Johnson’s que o sabonete Hora do Sono não tem funcionado aqui? E não me venham com essa de massagem porque a eletricidade do bebê não me deixa um segundo de toques calmos e tranquilos… com ele só funciona bagunça. E pra dormir, só teta, sacudidas sem fim e algum barulho que bloqueie o som vindo da casa das vizinhas.
Quédizê. A tão sonhada disciplina tá longe de chegar à minha amada residência, e o meu post sobre mãe x trabalho fica pra uma próxima (quem sabe quando ele dormir, tipo meia noite, eu não largo marido sozinho na cama e não venho postar?).
Beijos
PS: Só para vocês terem ideia da peraltice engatinhante da boca inchada que nem com corte no beiço parou de comer!!!
Clica que aumenta