quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Um mundo melhor – para mim e você!

Quando nos tornamos mães e pais, parece que as proporções das coisas são muito aumentadas. Pro bem e pro mal.

Quando alguém faz uma coisa boa ou bonita, dá vontade de bater palmas. Até ver uma pessoa jogando o lixo no cesto te dá vontade de ir lá, abraçar, dar parabéns. Inversão de papéis, né? Por que o certo não seria a gente repreender quem joga o lixo fora do cesto? Ai ai.

Mas daí que pra mim tudo começou na gravidez. Na verdade, eu sempre fui meio chata com o politicamente correto – e principalmente com o ecológicamente correto – mas a coisa piorou demais na gravidez. O futuro do planeta tava ali, dentro da minha barriga, e ai de quem não respeitasse!

Passei a frequentar filas preferenciais e reclamar em alto e bom tom, para quem pudesse escutar, que tinha gente ali que não tava grávida, não era velha nem deficiente e ficava tomando o lugar na fila. Tinha dias que a pessoa se tocava. Uma vez tinha 4 homens saudáveis e fortes na minha frente. Um me ouviu e mandou os outros me deixarem passar – OE!

Mas o ápice da minha ira se deu na travessia de uma avenida movimentada, saindo do trabalho, com barriga de 6 meses e um calor do cão! Uma motorista desavisada – prefiro acreditar nisso que constatar a falta de educação da filhadamãe – não sabia que, além de não poder fechar um cruzamento, não pode parar em cima de faixa de pedestre! E o pior, coitada da idiota: ela não sabia que, na ausência de semáforo, ela deveria PARAR ANTES da faixa para os pedestres (não um, não dois, mas uns 5) passarem. Pois é… ela infringiu TRÊS normas de trânsito de uma só vez. Queria uma cadernetinha da CET, naquela hora!

Eu não lembro exatamente o que reclamei, e ela resmungou de volta. Eu, na altura dos meus minissaltos e da razão respondi: e você tá certinha, né? Olha onde você parou, sua VACA!

Gente, que tipo de pessoa fala isso??? Hormônios! Só isso explica. E aí atravessei a avenida com as outras pessoas chamando a motorista de vaca pra baixo! hauhauahua

Mais adiante, saindo sei lá de onde, vi uma mulher de uns 40 anos jogando um papel (desses de propaganda de “compro e vendo ouro”) no chão. AO LADO DE UMA LIXEIRA. Vamos combinar que é muita falta de educação, se não excesso de preguiça, uma pessoa fazer uma coisa dessas? Abaixei, barriguda, e falei: mooooça, você deixou cair fora do cesto, ó! Mas to jogando aqui pra senhora. A mulher ficou ROXA de vergonha. Dane-se. E falei bem alto, pra todo mundo ouvir.

E daí eu moro num lugar onde o lixo é recolhido 3 vezes por semana, mas o reciclável (aquele que ocupa maior espaço na casa das pessoas) só é recolhido aos sábados. E na minha quadra o caminhão não passa, então você precisa levar na esquina, sabe? Aquele saco discreto de garrafas PET, latas de óleo e caixas de papelão sendo arrastado por 30, 40 metros. E o pior: as casas aqui são, na maioria, sobrepostas. Quem mora em baixo tem quintal, pode ter um cesto grande só para isso. Mas e quem mora nas casas de cima, faz como? Não faz, joga o lixo todo junto.

Ok que no “lixão” sempre tem alguém para fazer a separação, mas gente… será que era tão complicado assim a cooperativa colocar o caminhão pra circular mais um dia nos bairros?

Ok também que falta boa vontade das pessoas, né? Tem um vizinho aqui que tem DUAS garagens, e ele não separa o lixo dele nem assim, com esse tanto de espaço. E ele tem uma neta.

Aliás, a maior parte dos maus exemplos que eu vejo por aí parte dos pais. Outro dia, no shopping, me calei. Devia ter falado, mas ia tomar bronca do marido. A mulher arrancou (assim mesmo, brutalmente) da mão do filho de aproximadamente 3 anos um papel de chocolate. E jogou no chão. Tacou. Com força. Como se fosse para fazer barulho. Como quem joga um estalinho pra estourar.

Estou cá pensando as coisas que já faço, as que posso melhorar e as que eu deveria fazer, sei na teoria, mas não coloco em prática por falta de vergonha na cara.

Eu já separo o lixo, e ao contrário de esperar pelo dia da coleta, levamos a um cestão do supermercado, onde um catador retira e leva para a cooperativa. Assim, geramos mais um emprego indireto, ajudamos uma outra família.

Procuro não comprar mais do que consumo, e congelo a comida semipronta em pequenas porções para não cozinhar, por exemplo, feijão todos os dias – economizo, assim, água, luz e gás. (Sem contar o trabalho, né, gente)

Sempre que é possível, compro alimentos orgânicos. Assim garanto uma alimentação mais saudável para minha família e colaboro para a manutenção do solo e da água potável.

Procuro tomar banhos breves, com a água menos quente, desligar os eletrônicos como tv e som (assim como luzes e ventiladores) dos ambientes de onde saio, e quando vou ficar longe de casa, desligo filtros de linha que mantêm os equipamentos em stand by.

Preciso criar o hábito de comer mais alimentos saudáveis, e assim estimular o Diogo pelo exemplo.

Preciso tirar mais os eletrônicos das tomadas quando estiverem fora de uso.

Preciso ligar menos a TV e usar mais o computador como fonte de música, já que fica ligado quase o dia todo – mesmo quando estou longe dele.

Sei que poderia fazer trabalhos voluntários e doar um pouco do meu tempo para quem precisa – sejam pessoas ou animais – mas não estou conseguindo tempo pra ficar nem com a minha vida em dia, quanto mais cuidar dos outros.

Sei que preciso fazer exercícios, pois é assim que ensinamos hábitos saudáveis aos filhos, mas ai, que preguiça! hahahaha Academia longe, não dirijo, tenho que atravessar a rodovia (não dá para ir a pé, nem de bicicleta, porque os cruzamentos são perigosos demais) e ainda por cima só tem aula num horário que eu deveria levar o Diogo comigo. Logo: por enquanto (enquanto não termino autoescola) é impossível.

E você? O que faz, poderia fazer melhor ou deveria fazer por um mundo melhor para seu filho?

3 comentários:

  1. Que bom seria se todo mundo fizesse a sua parte e cuidasse um pouquinho do mundo né?! Cuidando das suas casas, da sua família, do seu lixo. Por aqui tentamos fazer nossa parte. É passo de formiguinha, mas se todo mundo fizer, nossos filhos,netos e próximas gerações com certeza irão agradecer!!! Bjooo grande

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  2. Realmente, como mudamos totalmento o nosso modo de pensar depois que parimos um ser, que será pelo menos, mas pelo menos um pouquinho influenciado por nós. As vezes penso tanto em tudo e todas as variantes e consequencias, que chega doer a cabeca, sem contar que agora temos como obrigacão, até de cuidar bem e melhor de nós mesmos, pois precisamos estar bem psicologicamente e fisicamente para nosso filho! Ou seja, não tem opcão, não podemos falhar! Por exemplo, agora, não atravesso mais a rua com sinal vermelho, não porque é errado, ou porque não quero dar mal exemplo para meu filho, ele inda não entende, mas sim porque é perigo, eu coloco em risco a minha vida e a vida de outra mãe, e não posso mais colocar minha vida em risco, pois tenho um pequeno ser que precisa muito de mim... E por aí vai....

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  3. Raquel,
    Passando por aqui pra desejar muita paz nesse Natal e saúde pra todos os familiares!
    Beijos, Genis

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