sábado, 7 de maio de 2011

Ser mãe é viver feliz no purgatório


Sem essa de "ser mãe é padecer no paraíso". Tem nada de paraíso não. Mas também tem nada de padecer.
Purgatório é aquele lugar por onde você passa para aprender, para superar e para se aprimorar.
E é assim que é a vida de mãe. Aprendendo, superando e aprimorando a cada dia... e sempre com um "puta" sorrriso no rosto.
Você acorda de madrugada, coisa que faria com um mau humor daqueles, e olha sorrindo pro seu bebê (seja ele recém nascido ou um bebê de 20 anos) pelo simples fato de ele estar vivo.
Antes de dormir, em vez de rezar pedindo qualquer coisa para você, você esquece que é uma pessoa, e pede saúde pro seu filho e agradece por mais um dia feliz e sem problemas.
Você relembra musiquinhas chaaaatas de criança, e canta, alegre e contente durante trocas de fralda, banhos e brincadeiras.
Olha pro prato de comida, com a boca cheia d'água, e larga pra atender o chorinho do pequeno. E ainda fica feliz por não comer porque vai, finalmente, conseguir perder aqueles quilinhos que sobraram depois do parto.
Você acha lindo um arroto de 2 segundos, elogia um peido sonoro e comemora uma fralda cagada como comemorou o tetracampeonato da Seleção Canarinho.
Se acorda de manhã e percebe que o bebê não chorou pra mamar às 5h, começa a preocupar... será que tá tudo bem? Tá respirando? Tá fraquinho? Tá doente?
Mas logo em seguida escuta os "gemidinhos" e vê os bracinhos espreguiçando. O bom dia gera um super sorriso banguela, e seu sono matinal passa, seus olhos desgrudam e tudo fica mais lindo.
A hora do banho é terrível para a coluna, mas é gratificante ver seu nenê brincando contente com a água morna e poder enfiar o nariz no pescocinho cheiroso.
Qual a mãe que, depois do banho, nunca tomou uma xixizada barriga abaixo? Isso quando o meninão não faz xixi pra cima e molha a cara da coitada. Mas, quem liga?
Amamentar não é tão tranquilo quanto parece nas fotografias. As primeiras semanas são penosas. A adaptação mãe-bebê demora, dói, esfola. Mas é essa adaptação que garantirá um bebê saudável e uma criança feliz.
Pra quem, como eu, acha rotina um saco, ter um filho ligado em tudo no mesmo horário, e que chora porque tá na hora de tomar banho ou de passear pode ser complicado. Mas mesmo assim você chora de felicidade.
E nesse dia das mães, eu só posso agradecer.
Agradecer a Deus.
Por poder gerar um filho saudável e lindo.
Por ter seios que se enchem de leite e alimentam meu bebê, sem precisar de mamadeira de nada para ele crescer e ganhar peso saudavelmente.
Por ter olhos para vê-lo, ouvidos para ouvi-lo, boca para beijá-lo, nariz para cheirá-lo, braços e mãos para poder carregá-lo, embalar e fazer várias coisas chatas para muita gente, pernas e pés para correr sempre que ele me chamar.
Por ter uma casa segura e uma família estável financeira e psicologicamente, que vive em harmonia e pode dar uma infância tranquila para ele.
Por poder transmitir a ele meus conhecimentos e oferecer ferramentas para que ele busque conhecer ainda mais - e possa, um dia, me ensinar também.
Por ser jovem o suficiente para ainda saber brincar, e ter idade suficiente para saber ser rígida nas horas que precisar.
Enfim... não peço nada além de saúde. Para mim, para ele, para o papai dele. Para que nós três possamos nos tornar um dia quatro. E para podermos, juntos, viver uma linda história juntos.
Feliz Dia das Mães.

Um comentário:

  1. Lindo!!!!
    Disse tudo, só mãe pra saber que realmente é assim.
    Um super beijo e muita saude pra você e seu lindo pequeno.

    Fátima.

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